"Eu arrastei pelos cabelos a amante do meu pai.
E não, não é exagero. Eu realmente fiz isso.
Meu pai tem uma pizzaria. Desde antes de casar com a minha mãe. Naquela época, era só uma portinha simples. Mas com o tempo — e muito esforço — a pizzaria cresceu. Ele comprou o ponto, reformou tudo, investiu... e hoje é um negócio de respeito. Movimenta dinheiro. Atrai gente. Dá orgulho de ver.
Minha mãe? Foi peça-chave nesse crescimento. Trabalhou anos do lado dele. Deu ideia, meteu a mão na massa, escolheu cada detalhe da decoração. Até que engravidou de mim — e os dois decidiram que ela ficaria em casa. A pizzaria já se sustentava bem, dava pra isso.
Aparentemente, eles tinham um casamento sólido. Pelo menos era o que eu via. Meu pai, pra mim, era um exemplo. E minha mãe, coitada... confiava nele de olhos fechados.
Até que...
Um dia, ela descobriu. A traição. Mas não sabia com quem. E ele? Se negava a contar. Batia o pé. Se fazia de vÃtima. Pediu perdão, implorou pra ela não acabar com tudo. Só que minha mãe não quis saber. Se separou. E eu estive do lado dela o tempo todo.
Mas não acabou aÃ. Minha mãe foi pra justiça. Queria brigar pelo que era dela por direito: uma parte da pizzaria. E com razão! Ela ajudou a construir tudo aquilo. Só que meu pai, claro, dificultou. Não queria abrir mão de nada.
Nessa época, eu já trabalhava lá. Desde os 18 anos. Ficava no caixa. Conhecia cada funcionário que passava por lá. Mas nunca desconfiei de ninguém... até aquela noite.
A pizzaria já tinha fechado. A maioria dos funcionários tinha ido embora. Eu fui procurar meu pai e encontrei ele... na cozinha... num canto... discutindo com uma funcionária.
O que eu ouvi me fez gelar.
A tal funcionária dizia, com a maior cara de pau:
— Se a sua ex acha que vai levar alguma coisa dessa pizzaria, ela tá muito enganada. Agora eu sou a dona disso aqui com você.
Na hora, eu entendi tudo. A amante... era ela. Uma funcionária.
Gente... eu não pensei. Eu surtei.
Fui pra cima dela. Puxei ela pelos cabelos, arrastei pra fora da pizzaria. Meu pai tentou me segurar, mas não deu conta. Nem sei de onde tirei tanta força.
Eu joguei ela no asfalto... e sim,dei uma Peia nela no meio da rua. Xinguei. Gritei. Fiz escândalo. Porque é muita ousadia — muita — falar daquele jeito da minha mãe. Da mulher que ajudou a construir tudo aquilo.
A briga foi feia. Gente na rua precisou separar. E eu, tremendo de raiva, virei pro meu pai e disse:
— Se amanhã essa mulher ainda estiver aqui... ou se você, um dia, assumir ela como sua mulher... você nunca mais vai me ver.
E fui embora. Morrendo de medo de que ele escolhesse ela.
Mas no dia seguinte... ela não apareceu mais.
Meu pai não falou nada. Só ficou em silêncio. A relação entre nós ficou tensa. Mas eu fui clara:
— Você tem direito de refazer sua vida. Mas não com ela. Não com alguém que só tá de olho no que você tem.
Ele aceitou. E sabe o que mais? Ele e minha mãe cancelaram o processo. Resolveram tudo entre eles, na boa. Não voltaram, mas dividiram os bens como adultos. E aquela mulher? Nunca mais vi.
Alguns vão dizer que eu exagerei. Que me meti onde não devia.
Mas naquele momento... foi o que o meu coração mandou fazer.
E essa... foi a história de hoje."
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